Para os apaixonados por plantas exóticas e charmosas, os cactos apelidados carinhosamente como “rabos” são uma ótima escolha. Com variedades curiosamente nomeadas como rabo de macaco, gato e rato, esses cactos conquistam jardineiros pelo visual incomum e beleza singular, sendo capazes de transformar qualquer espaço com sua presença marcante.
Mas, embora compartilhem apelidos divertidos, cada espécie apresenta características únicas de cultivo e aparência que valem ser exploradas detalhadamente.
Rabo de Macaco
Originário das regiões da Bolívia, o cacto conhecido como rabo de macaco (Hildewintera colademononis ou Cleistocactus winteri subsp. colademononis) fascina por seu visual exótico e sua textura aveludada. Essa espécie destaca-se por seus caules pendentes, grossos e densamente cobertos por pelos finos, conferindo-lhes um aspecto felpudo e brilhante. Esses caules, que podem atingir até 1,5 metro de comprimento, são macios ao toque nas extremidades, mas requerem atenção ao manuseio devido aos espinhos discretos ao longo do caule.

Além de sua beleza peculiar, o rabo de macaco produz belas flores tubulares de um vermelho vibrante que contrastam perfeitamente com o tom verde-acinzentado da planta. Segundo a engenheira agrônoma e especialista em suculentas Mariana Esteves, da Floricultura Jardins Urbanos, a melhor forma de cultivar esse cacto é posicioná-lo em vasos suspensos, permitindo que seus caules pendentes se desenvolvam livremente. “Eles precisam de pelo menos quatro horas de sol direto por dia e rega moderada, evitando o acúmulo de água para que as raízes não apodreçam”, alerta a especialista.
Rabo de Gato
O cacto rabo de gato, conhecido cientificamente como Cleistocactus winteri, embora parecido, apresenta características diferentes do rabo de macaco. Originária também da América do Sul, essa variedade cresce com caules predominantemente eretos e rígidos, apontando para cima, o que dá uma aparência completamente distinta à planta. Seus caules são cobertos por espinhos finos e flexíveis, com aspecto mais suave em comparação a outros cactos, lembrando pelos felinos, o que deu origem ao nome popular.

Além do encanto das suas flores vermelho-alaranjadas, o rabo de gato tem como diferencial sua capacidade decorativa única, podendo compor belos cenários em vasos suspensos ou em jardins verticais. Segundo Daniela Toledo, paisagista especializada em jardins verticais, “esse cacto é ideal para espaços externos ou internos bem iluminados, com incidência direta do sol por pelo menos algumas horas do dia, garantindo florações abundantes e saudáveis”.
Rabo de Rato
Já o cacto rabo de rato (Aporocactus flagelliformis) surpreende com suas longas hastes pendentes e delgadas, frequentemente alcançando mais de um metro de comprimento. A planta, originária das regiões montanhosas do México, possui caules finos e extremamente flexíveis, o que garante um visual bastante dramático, especialmente quando pendurados em vasos ou jardineiras suspensas.

Suas flores, de um rosa vibrante intenso, aparecem abundantemente durante a primavera e verão, tornando o rabo de rato uma planta ornamental ideal para quem busca adicionar um toque colorido ao jardim. Para o engenheiro agrônomo Marcos Feliciano, especialista em plantas ornamentais, o cultivo dessa espécie exige atenção especial à iluminação. “O rabo de rato precisa receber no mínimo quatro horas diárias de sol direto para florescer plenamente”, explica Marcos. Além disso, as regas devem ser moderadas, sempre observando se o substrato está seco antes de molhar novamente.

A autora Mel Maria, é dona de floricultura, apaixonada por plantas e jardinagem, que dedica sua vida ao estudo e cultivo de uma variedade de espécies botânicas. Sua paixão pela natureza a levou a se tornar autora do site e uma jardinista experiente, cujo conhecimento é compartilhado com os leitores.