Existe uma planta que conquistou o coração dos apaixonados por decoração e jardinagem urbana — e não foi por acaso. Com folhas brilhantes, aspecto escultural e uma impressionante tolerância a diferentes condições de ambiente, a zamioculca (Zamioculcas zamiifolia) se tornou uma presença quase obrigatória em casas, escritórios e espaços de design contemporâneo. Mais do que um modismo, ela representa uma nova forma de ver o verde: com praticidade, personalidade e muita beleza.
Segundo o paisagista Thiago Rocha, especialista em vegetação para interiores, a planta caiu no gosto popular por unir dois atributos raros: “Ela é extremamente fácil de cuidar e, ao mesmo tempo, tem uma presença marcante na decoração. Suas folhas têm um brilho natural que lembra quase um polimento, o que cria uma estética sofisticada sem esforço”, afirma.
A estética minimalista que fala alto — e sem exigir cuidados
É difícil não se impressionar com o visual da zamioculca. Suas hastes eretas e folhagens espessas, de um verde escuro quase acetinado, evocam elegância e simplicidade. Ela se encaixa com perfeição em ambientes modernos, minimalistas e até industriais, funcionando como um ponto de contraste natural em meio a materiais como cimento queimado, madeira clara ou metais escovados. Além disso, sua versatilidade permite uso tanto em vasos de chão como em pequenos arranjos sobre aparadores e estantes.

No entanto, não é só pela aparência que ela vem se destacando. A zamioculca é também um símbolo da chamada “plantas para quem não tem tempo”. Tolerante a ambientes de baixa luminosidade e resistente a períodos de seca, ela exige muito pouco para se manter saudável.
De acordo com a engenheira agrônoma Fernanda Batista, especialista em cultivo de folhagens tropicais, “a zamioculca pode passar até duas semanas sem rega, desde que esteja em substrato bem drenado. Na verdade, o excesso de água é seu principal inimigo — ela prefere a secura ao encharcamento”.
Como cuidar da zamioculca sem erro
O segredo para cultivar uma zamioculca bonita e saudável está na escolha do local e no controle da rega. Apesar de tolerar pouca luz, ela se desenvolve melhor em ambientes com luminosidade indireta abundante. Assim, salas com janelas amplas, halls de entrada iluminados ou escritórios com iluminação natural são locais ideais. Também pode ser cultivada sob luz artificial, desde que receba cerca de 12 horas de claridade ao dia.
No solo, o indicado é utilizar um substrato leve, poroso e com boa drenagem, o que pode ser obtido com uma mistura de terra vegetal, areia grossa e um pouco de perlita ou carvão vegetal. Vasos com furos são indispensáveis. E quando for regar, a regra de ouro é: só molhe quando o solo estiver completamente seco.

Como explica Fernanda, “a zamioculca armazena água em seus rizomas subterrâneos, funcionando quase como um ‘cacto tropical’. Por isso, ela lida melhor com a falta do que com o excesso”.
Outra dica importante: evite mudanças frequentes de local. A planta é sensível a variações bruscas e costuma reagir mal quando trocada de ambiente repetidamente. Também não é preciso fazer podas constantes — basta remover folhas secas ou danificadas para manter o visual sempre em ordem.
Uma planta com poder simbólico e toque de sorte
Aliás, há quem veja na zamioculca mais do que apenas beleza e resistência. Em algumas tradições do feng shui, a planta é considerada um símbolo de prosperidade e proteção, sendo recomendada para ambientes onde se busca equilíbrio energético.
Não à toa, ela costuma ser colocada próxima a entradas, áreas de trabalho ou corredores — especialmente em vasos de cerâmica ou cimento que reforcem sua presença marcante.

Mel Maria, é proprietária da floricultura Mel Garden e apaixonada por plantas e jardinagem, dedica sua vida ao estudo e cultivo de uma variedade de espécies botânicas. Sua paixão pela natureza a levou a se tornar autora do site e uma jardinista experiente, cujo conhecimento é compartilhado com os leitores.