Embora o nome soe exótico, o azevinho-japonês (Ilex crenata) já é bem conhecido entre paisagistas brasileiros que buscam unir sofisticação e praticidade no jardim. Com folhas pequenas, firmes e brilhantes, que lembram muito as do buxo europeu, a planta caiu nas graças de quem procura um visual estruturado, mas com menor exigência de cuidados.
Originária do leste asiático, especialmente do Japão, China e Coreia, essa espécie ganhou o mundo como uma alternativa elegante para topiarias, cercas vivas e composições formais. A aparência densa, com ramos que se desenvolvem de forma naturalmente compacta, favorece podas artísticas — um atrativo para quem aprecia formas bem definidas no paisagismo.
“O azevinho-japonês é extremamente maleável ao corte, o que o torna ideal para topiarias geométricas ou para delimitar caminhos com elegância”, afirma a paisagista Karina Polito, que já incorporou a espécie em projetos residenciais e corporativos em São Paulo.
Versatilidade e características do azevedinho-japonês
Além da estética encantadora, a planta se adapta bem ao clima brasileiro, especialmente em regiões de clima ameno a subtropical. Por isso, é possível vê-la tanto em vasos decorando varandas quanto em longas fileiras em jardins contemporâneos. A folhagem persistente garante verde o ano inteiro, mesmo quando podada com frequência. E diferente de seu primo europeu, o buxo, o Ilex crenata é mais resistente a pragas e às variações de temperatura, o que o torna uma opção mais segura para jardineiros amadores.

Outro diferencial do azevinho-japonês é sua versatilidade. Ele pode ser cultivado tanto em pleno sol quanto em meia-sombra, embora sua densidade fique mais impressionante em ambientes com boa luminosidade direta. Em vasos, recomenda-se o uso de recipientes profundos para acomodar o sistema radicular, especialmente em cultivos longos.
Cuidados essenciais para prosperar
Apesar de sua rusticidade, alguns cuidados são essenciais para garantir um crescimento vigoroso. A planta aprecia solos bem drenados e ricos em matéria orgânica, com regas regulares nos primeiros meses de adaptação. “O ideal é que o substrato seja levemente ácido e mantenha umidade constante, mas sem encharcamento”, orienta o engenheiro agrônomo Luiz Alberto Godoy, especialista em espécies ornamentais arbustivas. Segundo ele, a adubação semestral com compostos ricos em nitrogênio ajuda a manter a folhagem densa e vibrante.

O formato natural do Ilex crenata já é atrativo por si só, mas para quem deseja investir em jardinagem criativa, a planta permite podas estruturadas com facilidade. Com isso, o azevinho-japonês vem ganhando espaço não apenas em jardins clássicos, mas também em projetos modernos e minimalistas. Seu tom de verde escuro e a textura uniforme da folhagem trazem contraste e equilíbrio visual quando combinados a espécies tropicais ou flores de cores vivas.
Em regiões mais frias, a planta tolera bem o inverno, desde que protegida de geadas severas. Já em climas quentes, é importante observar o comportamento da planta em relação à insolação excessiva nas horas mais críticas do dia. Nessas situações, uma meia-sombra estratégica pode garantir o vigor das folhas.

Mel Maria, é proprietária da floricultura Mel Garden e apaixonada por plantas e jardinagem, dedica sua vida ao estudo e cultivo de uma variedade de espécies botânicas. Sua paixão pela natureza a levou a se tornar autora do site e uma jardinista experiente, cujo conhecimento é compartilhado com os leitores.
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