O bambu-mossô (Phyllostachys pubescens), originário da China, é uma das espécies mais elegantes e valorizadas na jardinagem ornamental. Sua estrutura imponente, com caules longos e finos de tonalidade verde-clara e folhas delicadas, torna-o uma excelente escolha tanto para projetos paisagísticos em áreas externas quanto para decorações internas, onde pode ser cultivado em vasos. Além do apelo estético, essa planta é conhecida por seu rápido crescimento e resistência, adaptando-se bem ao clima tropical e subtropical, muito presente no Brasil.
Apesar de seu nome, o bambu-mossô não é um verdadeiro bambu lenhoso, mas sim uma gramínea perene de grande porte. Seu cultivo exige atenção a alguns detalhes importantes, como luminosidade, irrigação adequada e cuidados com o solo. Quando bem manejado, pode se transformar em um grande aliado para compor espaços sofisticados e tropicais, seja como cerca-viva, planta isolada ou em um jardim zen.
Cultivo no jardim: luz, solo e manutenção
Se a ideia é plantar o bambu-mossô no jardim, é fundamental escolher um local que receba, no mínimo, seis horas diárias de sol. Essa espécie aprecia bastante luminosidade e pode alcançar impressionantes 25 metros de altura quando cultivada diretamente no solo. Devido ao seu crescimento acelerado, ele pode se tornar um elemento de destaque em grandes espaços, formando maciços imponentes e garantindo um toque exuberante ao paisagismo.

No entanto, uma característica importante do bambu-mossô é a sua capacidade de espalhar-se agressivamente através de rizomas subterrâneos, o que pode comprometer o desenvolvimento de outras espécies plantadas ao redor. Para evitar que isso aconteça, a paisagista Rejane Heiden recomenda o uso de barreiras de contenção. “O ideal é criar uma estrutura de cimento ou plástico enterrada ao redor da planta, impedindo que as raízes se alastrem descontroladamente pelo jardim”, explica a especialista.
O solo para o plantio deve ser rico em matéria orgânica e bem drenado, garantindo que a planta receba os nutrientes necessários sem risco de encharcamento. A fertilização pode ser feita a cada três meses com adubo orgânico, como húmus de minhoca ou farinha de osso, promovendo um crescimento saudável e vigoroso.
Cultivo em vasos: uma opção para ambientes internos
Mesmo sendo uma planta de grande porte, o bambu-mossô pode ser cultivado em vasos, desde que sejam utilizados recipientes robustos e com espaço suficiente para suas raízes. O ideal é escolher vasos de pelo menos 50 cm de altura e com boa drenagem, já que o excesso de umidade pode comprometer o desenvolvimento da planta.
Para garantir um crescimento adequado, o arquiteto paisagista Fábio Assef recomenda a preparação do vaso com uma camada de drenagem composta por argila expandida ou brita, seguida de um substrato rico em nutrientes. “O bambu-mossô pode ser cultivado em vasos sem perder sua beleza, desde que seja oferecido um substrato bem estruturado e que a rega seja controlada”, pontua. Além disso, ele sugere a adubação mensal com NPK 10-10-10 para suprir as necessidades nutricionais da planta.

A escolha do local onde o vaso será posicionado também influencia diretamente no desenvolvimento da espécie. O ideal é que ele fique próximo a janelas, varandas ou áreas bem iluminadas, onde receba pelo menos algumas horas diárias de luz natural.
Rega e outros cuidados essenciais
A irrigação do bambu-mossô deve ser feita com moderação, ajustando-se à luminosidade do ambiente. Em jardins externos, onde há maior exposição ao sol, a rega pode ser realizada até três vezes por semana, garantindo que o solo permaneça levemente úmido. Já em vasos ou ambientes internos, a frequência pode ser reduzida, sempre verificando se o substrato está seco antes de uma nova rega.

Outra vantagem dessa planta é que ela exige pouca manutenção. Diferente de outras espécies ornamentais, o bambu-mossô não precisa de podas frequentes, já que seu crescimento vertical é ordenado. No entanto, caso seja necessário controlar seu porte ou eliminar caules antigos, recomenda-se fazer cortes apenas na base, sem interferir na estrutura principal da planta.
Apesar de resistente a pragas e doenças, o bambu-mossô pode atrair alguns insetos, como cochonilhas e pulgões, especialmente quando cultivado em ambientes úmidos e sombreados. Para evitar problemas, é recomendável a inspeção periódica das folhas e o uso de defensivos naturais, como óleo de neem.

A autora Mel Maria, é dona de floricultura, apaixonada por plantas e jardinagem, que dedica sua vida ao estudo e cultivo de uma variedade de espécies botânicas. Sua paixão pela natureza a levou a se tornar autora do site e uma jardinista experiente, cujo conhecimento é compartilhado com os leitores.