Quem vê pela primeira vez uma Euphorbia obesa dificilmente fica indiferente à sua aparência incomum. Com formato quase perfeito, arredondado e compacto, essa suculenta é muitas vezes confundida com uma pequena bola decorativa. Originária das regiões semiáridas da África do Sul, especialmente da província do Cabo Oriental, a Euphorbia obesa é uma planta tão singular que tem se tornado objeto de desejo entre colecionadores e entusiastas do paisagismo exótico.
Além de sua aparência curiosa, que remete a uma pequena esfera verde-acinzentada cortada por delicados sulcos simétricos, essa espécie apresenta adaptações incríveis para sobreviver às adversidades de seu habitat natural. Por essa razão, é uma planta perfeita para quem busca uma opção ornamental que una resistência e originalidade.
Características marcantes da Euphorbia obesa
Um dos grandes atrativos da Euphorbia obesa é seu formato esférico extremamente regular, que pode alcançar cerca de 15 centímetros de altura e diâmetro quando adulta. Sua superfície apresenta um padrão sutil, que varia de verde claro a cinza-esverdeado, com algumas tonalidades avermelhadas quando exposta ao sol intenso. De acordo com o biólogo e colecionador de plantas exóticas Rodrigo Campos, a Euphorbia obesa possui uma particularidade que fascina os cultivadores: sua aparência robusta e geométrica.

“Esse formato permite à planta armazenar água com muita eficiência, característica essencial em regiões áridas e com pouca precipitação. Por isso, a Euphorbia obesa consegue sobreviver em ambientes extremos e exige pouco do cultivador”, explica o especialista. Outra curiosidade que desperta a atenção é a sua capacidade de camuflagem em meio ao ambiente rochoso, confundindo-se facilmente com as pedras ao redor. Tal adaptação é resultado de milênios de evolução para escapar dos animais herbívoros que poderiam consumi-la.
Curiosidades sobre a espécie
Uma curiosidade fascinante da Euphorbia obesa é que suas flores, pequenas e discretas, surgem diretamente do topo da planta em épocas específicas do ano, formando um contraste encantador com sua superfície lisa. Vale lembrar, entretanto, que como todas as plantas da família Euphorbiaceae, ela possui uma seiva leitosa tóxica, conhecida como látex, que pode causar irritação na pele. Por isso, recomenda-se manuseá-la com luvas e mantê-la longe do alcance de crianças pequenas e animais domésticos.
Outro fato curioso é que a Euphorbia obesa encontra-se ameaçada em seu habitat natural, devido à coleta excessiva por colecionadores e à degradação ambiental. Por isso, hoje sua venda é regulamentada internacionalmente, incentivando que as plantas comercializadas sejam cultivadas em viveiros, evitando a exploração desenfreada na natureza.
Como cultivar Euphorbia obesa
Embora robusta e adaptada ao clima seco, a Euphorbia obesa requer cuidados específicos para se desenvolver plenamente fora do seu habitat natural. Primeiramente, é fundamental fornecer um substrato leve e extremamente bem drenado, composto por areia grossa, perlita e terra adubada na proporção ideal. O excesso de umidade é seu principal inimigo, podendo levar ao rápido apodrecimento das raízes.

Segundo a paisagista Carolina Tavares, especialista em suculentas exóticas, outro ponto crucial é a luminosidade: “Essa espécie precisa receber várias horas de sol direto por dia, preferencialmente pela manhã ou final da tarde. A luminosidade intensa garante que sua cor natural permaneça viva e que seu formato característico se mantenha firme e compacto”, recomenda Carolina.
Além disso, é importante ter cautela com as regas, especialmente no inverno, período em que a planta entra em repouso vegetativo. Nessa fase, regar somente uma vez por mês já é suficiente. Já no verão, período de maior atividade vegetativa, as regas podem ser feitas a cada 10 ou 15 dias, dependendo do clima local.

A autora Mel Maria, é dona de floricultura, apaixonada por plantas e jardinagem, que dedica sua vida ao estudo e cultivo de uma variedade de espécies botânicas. Sua paixão pela natureza a levou a se tornar autora do site e uma jardinista experiente, cujo conhecimento é compartilhado com os leitores.