O maracujá-da-praia (Passiflora mucronata) é uma planta única nas restingas brasileiras, destacando-se pela beleza de suas flores e pelo importante papel ecológico que desempenha.
Encontrada principalmente em áreas litorâneas, essa trepadeira lenhosa é admirada tanto pela sua resistência quanto pela capacidade de atrair polinizadores noturnos, como mariposas e morcegos, graças às suas flores brancas e perfumadas que desabrocham ao anoitecer.
Uma joia para o paisagismo tropical
Com folhas verde-escuras e coriáceas, o maracujá-da-praia oferece um toque ornamental especial. Suas flores, além de atraentes, são verdadeiras aliadas na criação de jardins tropicais que promovem biodiversidade.
Segundo a paisagista Ana Carvalho, “essa planta é perfeita para composições que valorizem a interação com a fauna local, especialmente em projetos que priorizem espécies nativas.” O fruto pequeno e levemente adocicado também é uma atração para aves e outros animais, contribuindo para o equilíbrio do ecossistema.
Cultivo que une praticidade e sustentabilidade
De baixa manutenção, o maracujá-da-praia adapta-se bem a solos arenosos ou argilosos, desde que sejam bem drenados e ricos em matéria orgânica. Para garantir seu crescimento pleno, é essencial fornecer suporte, como treliças ou pérgolas, para que seus ramos possam se espalhar livremente.
A engenheira agrônoma Clara Mendes destaca que “a planta é uma excelente opção para áreas com sol pleno, tolerando climas quentes e úmidos com facilidade.” Além disso, por ser resistente a pragas e doenças, sua necessidade de intervenções químicas é reduzida, tornando-a ideal para quem busca alternativas sustentáveis.
Resistência e papel ecológico
Outro aspecto que torna o maracujá-da-praia especial é sua robustez frente a condições adversas. Capaz de suportar variações de temperatura, ela se mantém vigorosa em diferentes regiões litorâneas.
Mais do que isso, suas flores desempenham um papel vital na polinização, fortalecendo as cadeias ecológicas locais. “A conservação dessa espécie é essencial para proteger os habitats das restingas, um dos biomas mais ameaçados no Brasil”, afirma o biólogo Marcos Vieira.
A autora Mel Maria, é dona de floricultura, apaixonada por plantas e jardinagem, que dedica sua vida ao estudo e cultivo de uma variedade de espécies botânicas. Sua paixão pela natureza a levou a se tornar autora do site e uma jardinista experiente, cujo conhecimento é compartilhado com os leitores.