Entrar na casa de uma avó é revisitar um ambiente acolhedor, repleto de aromas, cores e memórias únicas que marcam gerações inteiras. Parte fundamental desse encanto vem das plantas tradicionais cultivadas por nossas avós, sempre cuidadosamente posicionadas em vasos coloridos ou ornamentando varandas e jardins.
Essas espécies, que atravessam décadas com resistência e beleza, possuem uma aura especial, carregando afetos e lembranças familiares. A seguir, vamos explorar as plantas clássicas que nunca saem de moda nas casas de vó, entendendo suas características marcantes e recebendo dicas valiosas de cultivo.
Rosas e Margaridas
As rosas são possivelmente as flores mais simbólicas nos jardins das nossas avós. Repletas de significados afetivos, elas representam amor, carinho e delicadeza. Com diversas cores e perfumes agradáveis, exigem alguns cuidados básicos. A exposição ao sol é essencial para garantir florações abundantes, assim como o uso de solo rico em nutrientes e bem drenado. “Para que as roseiras floresçam saudáveis, lembre-se de podá-las sempre após as floradas, removendo ramos secos ou doentes e estimulando novas brotações”, explica Patrícia Soares, especialista em paisagismo.

As margaridas, por sua vez, são flores simples e resistentes que oferecem um visual bucólico aos ambientes. Além disso, não demandam muitos cuidados, bastando regas regulares e luz solar direta. Quando as flores começarem a murchar, é importante removê-las para estimular um novo ciclo floral.
Hortênsias e Azaleias
As hortênsias são facilmente reconhecidas por suas flores arredondadas e exuberantes. Sua coloração é influenciada pelo pH do solo: solos mais ácidos resultam em tons azulados, enquanto solos alcalinos geram flores rosadas. “É importante manter o solo das hortênsias sempre úmido, mas sem excesso de água acumulada, pois isso pode prejudicar as raízes”, aconselha Patrícia.

Já as azaleias fazem parte das lembranças das casas de avós especialmente durante a primavera, quando florescem com intensidade e beleza incomparáveis. São plantas que gostam de sombra parcial e solos férteis e levemente ácidos. Após a floração, recomenda-se uma poda leve para incentivar novos ramos e manter a planta vigorosa.
Samambaias e Begônias
As samambaias são essenciais nas casas das avós, trazendo uma atmosfera acolhedora e natural. Elas preferem locais sombreados ou com luz indireta e regas frequentes, já que apreciam bastante umidade. Para folhas sempre bonitas e verdes, a dica é borrifar água regularmente.

As begônias destacam-se não só por suas flores coloridas, mas principalmente pela folhagem ornamental, com tons variados e texturas únicas. “O segredo é um solo com boa drenagem e um cuidado especial para não encharcar. Elas são sensíveis ao excesso de água, e um substrato drenante fará grande diferença na saúde da planta”, enfatiza o engenheiro agrônomo Rodrigo Maciel.
Crotons e Cóleos
O croton é facilmente reconhecido pelas folhas coloridas, que misturam vermelho, amarelo e verde em padrões surpreendentes. Necessita de boa iluminação para manter as cores vibrantes, preferencialmente com exposição parcial ao sol direto. Solos bem nutridos e irrigação moderada, sem exageros, são ideais para seu cultivo saudável.

Os cóleos, conhecidos popularmente como coração-magoado, impressionam com suas folhas estampadas em tons contrastantes, formando desenhos naturais fascinantes. Adaptam-se bem em locais com meia-sombra e preferem solo fértil. Recomenda-se podar as pontas regularmente para estimular a ramificação e deixar a planta mais vistosa.
Rabos-de-Gato, de Macaco e de Rato
Além das plantas floridas e folhagens exuberantes, os cactos também têm presença garantida nas casas de vó, especialmente os chamados “rabos“. O rabo-de-gato é um cacto pendente com pelos finos e flores vibrantes em tons rosados ou vermelhos. O rabo-de-macaco, por sua vez, apresenta espinhos macios e longos, parecidos com pelos, podendo florescer com belas flores vermelhas.

Já o rabo-de-rato caracteriza-se por hastes cilíndricas delgadas e flores delicadas em tons rosados ou alaranjados. Esses cactos pedem pouquíssimos cuidados: bastante sol, regas espaçadas e solos bem drenantes são suficientes para mantê-los vistosos. “Para cultivar esses cactos com sucesso, o ideal é posicioná-los onde recebam sol direto por várias horas ao dia e regá-los apenas quando a terra estiver completamente seca”, explica Rodrigo.

A autora Mel Maria, é dona de floricultura, apaixonada por plantas e jardinagem, que dedica sua vida ao estudo e cultivo de uma variedade de espécies botânicas. Sua paixão pela natureza a levou a se tornar autora do site e uma jardinista experiente, cujo conhecimento é compartilhado com os leitores.