As margaridas (Leucanthemum vulgare) são mais do que um símbolo de simplicidade e delicadeza nos jardins. Originárias da Europa e da Ásia, essas flores encantadoras conquistaram o mundo com suas pétalas brancas e centros amarelos brilhantes.
Mas, além de embelezar paisagens, elas carregam propriedades que as tornam uma excelente opção como Planta Alimentícia Não Convencional (PANC) e recurso medicinal.
Beleza comestível: da horta ao prato
As margaridas são uma adição inusitada e deliciosa à cozinha. Suas pétalas têm um sabor suave e levemente picante, ideal para decorar saladas, sobremesas ou até bebidas.
“As folhas mais jovens também são consumidas cruas, adicionando um toque diferenciado aos pratos, mas podem ser refogadas para suavizar o sabor mais intenso,” explica a engenheira-agrônoma Helena Cardoso, especialista em PANCs. Além disso, os botões florais marinados são usados como substitutos das alcaparras, destacando sua versatilidade na culinária.
Flores que curam: usos medicinais
Além de serem uma iguaria, as margaridas possuem propriedades medicinais surpreendentes. Infusões feitas com suas flores são tradicionalmente usadas para aliviar problemas digestivos e ajudar na redução de inflamações leves.
Segundo o fitoterapeuta Renato Alves, “o chá de margarida pode atuar como um calmante natural, auxiliando em noites de sono mais tranquilas.” A planta também é conhecida por sua ação diurética e pelo potencial de estimular o metabolismo, tornando-se uma aliada em dietas equilibradas.
Cultivo e floração: o ciclo encantador
A floração das margaridas ocorre principalmente entre a primavera e o verão, mas pode se estender em climas amenos. Elas preferem solos bem drenados e ricos em matéria orgânica, além de locais com boa luminosidade.
Para quem deseja cultivá-las, o cuidado básico é simples: rega moderada e manutenção do solo arejado para evitar o acúmulo de água.
Muito além do jardim
Embora sejam populares em arranjos paisagísticos, as margaridas também ocupam um lugar especial em projetos de jardins sensoriais, graças à sua aparência cativante e ao perfume sutil. Elas atraem polinizadores, como abelhas, enriquecendo a biodiversidade do espaço.
Um convite ao uso consciente
Ao explorar o uso comestível ou medicinal das margaridas, é importante lembrar que nem todas as variedades são seguras para consumo. Certifique-se de adquirir plantas de fontes confiáveis e orgânicas. Além disso, sempre consulte um especialista antes de introduzir novos elementos à dieta ou iniciar tratamentos fitoterápicos.
A autora Mel Maria, é dona de floricultura, apaixonada por plantas e jardinagem, que dedica sua vida ao estudo e cultivo de uma variedade de espécies botânicas. Sua paixão pela natureza a levou a se tornar autora do site e uma jardinista experiente, cujo conhecimento é compartilhado com os leitores.