Uma trepadeira vigorosa: Sete-léguas (Podranea ricasoliana) e seu cultivo rústico

trepadeira sete-léguas

A sete-léguas (Podranea ricasoliana) é uma planta originária da África do Sul, mas que se adaptou muito bem ao clima brasileiro. Ela recebe esse nome popular porque, segundo a lenda, ela é capaz de percorrer sete léguas em um dia, ou seja, cerca de 28 quilômetros. Outros nomes populares são bignônia-rosa, pandora e trombeta-chinesa.

A sete-léguas é uma espécie ideal para quem gosta de plantas que crescem rápido e cobrem grandes áreas com suas flores. Neste artigo, vamos conhecer mais sobre essa espécie, sua origem, nomes populares, características notáveis, cultivo e época de floração.
Imagem: abslow_green

Origem

A trepadeira sete-léguas (Podranea ricasoliana) é uma planta nativa da África do Sul, onde é conhecida como pink trumpet vine ou Port St. Johns creeper. Ela pertence à família Bignoniaceae, a mesma dos ipês, jacarandás e quaresmeiras. Seu nome científico homenageia o botânico italiano Francesco Ricci Santi, que a descreveu em 1819.

Nomes populares

No Brasil, ela recebe vários nomes populares, como sete-léguas, cipó-de-são-joaquim, cipó-de-santa-rita, cipó-de-são-josé, cipó-de-são-miguel, cipó-de-são-francisco e cipó-de-nossa-senhora. O nome sete-léguas se deve à sua capacidade de se espalhar rapidamente pelo jardim, cobrindo cercas, muros, pergolados e treliças com seus ramos longos e flexíveis.

Características notáveis

A sete-léguas é uma planta trepadeira de aspecto exuberante, com folhas compostas por 5 a 9 folíolos ovalados e dentados. Suas flores são tubulares, de cor rosa intenso ou lilás, com estrias mais escuras no interior.

Imagem: juanjo_trujillocampos

Elas são agrupadas em inflorescências terminais que se formam na primavera e no verão, mas podem aparecer também em outras épocas do ano. As flores são muito atrativas para os beija-flores e as abelhas, que ajudam na polinização.

Como cultivar a trepadeira sete-léguas?

Iluminação

A sete-léguas gosta de ser cultivada em ambientes de sol pleno ou meia-sombra. Inclusive, ela precisa de pelo menos 4 horas diárias de luz solar direta para florescer bem.

Substrato

Ela pode se adaptar a vários tipos de substratos, desde que sejam bem drenados e ricos em matéria orgânica. Como recomendação, você pode preparar uma mistura com terra vegetal, areia e composto orgânico na proporção de 2:1:1. Adicione também um pouco de calcário dolomítico para corrigir a acidez do solo.

Rega

As regas devem ser regulares e moderadas, mantendo o substrato levemente úmido, cuidando para não encharcar. Além disso, evite molhar as folhas e as flores para prevenir doenças fúngicas.

Adubação

Imagem: rulo_fotografia

A sete-léguas é uma planta vigorosa que precisa de nutrientes para crescer e florir bem. Você pode adubar a planta a cada dois meses durante o período vegetativo e floral, usando um adubo granulado NPK 10-10-10 ou um adubo orgânico como torta de mamona ou farinha de ossos. Siga as instruções da embalagem ou aplique uma colher de sopa por metro quadrado de canteiro.

Podas

A sete-léguas é uma planta que não requer muita poda, apenas para remover os ramos secos, doentes ou malformados. Você também pode podar a planta para controlar o seu tamanho e estimular a ramificação e a floração. A melhor época para podar é no final do inverno ou no início da primavera.

Multiplicação

A estaquia é um método mais rápido e fácil de multiplicar a sete-léguas. Basta cortar um ramo de 15 a 20 cm de comprimento, retirar as folhas da base e plantar em um vaso com substrato úmido.

É possível usar um hormônio enraizador para acelerar o processo. Nesse caso, mantenha o vaso em local protegido do sol direto e regue com frequência. O enraizamento ocorre em 4 a 6 semanas.

Pragas e doenças

A sete-léguas é uma planta que não apresenta muitos problemas de pragas e doenças, desde que cultivada em condições adequadas. No entanto, ela pode ser atacada por pulgões, cochonilhas, lagartas e ácaros, que sugam a seiva das folhas e dos brotos, causando deformações, manchas e queda das partes afetadas. Você pode controlar esses insetos com inseticidas naturais ou químicos, seguindo as recomendações do fabricante.

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