Leiteiro-vermelho (Euphorbia cotinifolia): Uma planta encantadora, mas perigosa!

Conheça as características e os cuidados necessários para cultivar a fascinante Euphorbia cotinifolia com segurança e sucesso.

O leiteiro-vermelho (Euphorbia cotinifolia) é uma planta tropical que se destaca pela beleza de suas folhas vermelho-arroxeadas, que dão aa planta um ar de sofisticação à jardins com sua cor vibrante.

Além de ornamental, sua versatilidade no paisagismo atrai olhares. Contudo, é preciso cautela: a planta possui seiva tóxica, que exige manuseio cuidadoso e atenção redobrada.

Origem e características marcantes

Nativa da América Central e América do Sul, o leiteiro-vermelho é um arbusto ou arvoreta que pode atingir até 5 metros de altura, dependendo do ambiente. Suas folhas elípticas, de tom vermelho intenso, são seu maior atrativo, especialmente em contraste com o verde ao redor.

“A planta é decídua em condições de frio ou estiagem, perdendo suas folhas para preservar energia,” explica André Costa, biólogo especializado em flora tropical. Durante a primavera, flores pequenas e discretas surgem, mas sem competir com o impacto visual de sua folhagem vibrante.

Uma escolha versátil no paisagismo

A Euphorbia cotinifolia é amplamente usada como elemento decorativo em projetos paisagísticos, tanto em calçadas quanto em jardins compactos. Adaptável, pode ser conduzida como arbusto denso ou cerca-viva, com podas que ajudam a controlar seu formato.

Sob sol pleno, suas folhas mantêm o vermelho vibrante. Entretanto, em condições de meia-sombra, podem esverdear, perdendo parte de sua beleza única. Sua resistência ao frio e à seca permite que prospere em diferentes climas, ainda que possa sofrer perdas temporárias de folhas em situações extremas.

Cuidados essenciais para prosperar

Para prosperar, o leiteiro-vermelho exige um solo bem drenado e rico em matéria orgânica, além de irrigação regular no primeiro ano de plantio. Apesar de ser resiliente, a planta responde melhor em condições tropicais onde possar receber bastante iluminação.

A arquiteta paisagista Júlia Martins aconselha atenção às podas de formação para garantir uma estrutura compacta e saudável. “Podas regulares estimulam o crescimento uniforme e ajudam a preservar o visual ornamental,” explica.

Atenção aos riscos da toxicidade

A seiva leitosa do leiteiro-vermelho, característica da família Euphorbiaceae, contém compostos irritantes que podem causar dermatites ao contato e sérias complicações se ingeridos. Por isso, é altamente recomendável cultivá-la longe de crianças e animais domésticos.

“A manipulação deve ser feita sempre com luvas, especialmente ao realizar podas ou transplantes,” orienta o engenheiro agrônomo Ricardo Oliveira. Em caso de contato acidental com a seiva, lave imediatamente a área afetada com água corrente e procure auxílio médico.

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