As plantas aromáticas, como a cidreira, o capim-limão e a citronela, são ideais para quem busca um jardim funcional, repleto de aromas e benefícios. Além de embelezarem o espaço, essas espécies oferecem uma série de utilidades que vão desde a preparação de chás até a repelência de insetos.
No entanto, para cultivá-las com sucesso, é fundamental entender suas particularidades e necessidades. A seguir, vamos compartilhar dicas essenciais para que elas possam prosperar e mantê-las vigorosas.
Capim-Limão: Folhas Aromáticas e funcionais
Embora sejam plantas frequentemente confundidas, a cidreira (Melissa officinalis) e o capim-limão (Cymbopogon citratus) possuem características distintas.
O capim-limão, por exemplo, é uma planta de folhas longas e finas que formam grandes touceiras. Seu perfume cítrico e refrescante, semelhante ao limão, se deve à presença de citral, um composto aromático que também está presente em algumas outras plantas, como explica o paisagista Marcos Silva: “Esse aroma faz do capim-limão uma excelente escolha para jardins aromáticos e também para a produção de chás relaxantes.”
Por isso, além de ser uma excelente escolha para infusões, atua como um digestivo natural e pode ser utilizado de forma medicinal, sempre com a recomendação de um especialista. Além disso, suas folhas finas e eretas exigem bastante luz direta do sol para prosperarem, por isso, o ideal é plantá-las em áreas abertas e bem iluminadas do jardim.
Cidreira: Mais que um chá relaxante
A cidreira (Melissa officinalis), muitas vezes confundida com o capim-limão, é uma erva de folhas verdes ovais, que exala um perfume suave e relaxante. Diferente do capim-limão, a cidreira é uma planta herbácea e não forma touceiras. Suas propriedades calmantes a tornam muito apreciada no preparo de chás, conhecidos por ajudar no alívio de ansiedade e insônia. Segundo o fitoterapeuta Eduardo Almeida, “a cidreira tem um uso medicinal comprovado, sendo uma escolha ideal para quem busca relaxar com uma infusão caseira.”
Ao cultivar cidreira, o importante é garantir um solo bem drenado e rico em matéria orgânica. Ela prefere locais com luz indireta ou meia-sombra, e deve ser regada regularmente, mantendo o solo sempre levemente úmido, mas sem encharcar. Em ambientes muito ensolarados, é recomendável protegê-la do sol direto nas horas mais quentes do dia para evitar que as folhas queimem.
Citronela: O repelente natural
Já a citronela (Cymbopogon winterianus), por sua vez, é amplamente conhecida por sua capacidade de repelir insetos, sendo utilizada em velas e óleos essenciais. “Ela é uma planta indispensável em jardins tropicais, pois ajuda a manter pragas à distância de forma natural,” afirma a paisagista Renata Guastelli. Suas folhas longas e curvas, com uma base dourada, a tornam semelhante ao capim-limão, mas com a função adicional de proteção contra pragas.
Além disso, ao contrário do capim-limão, o chá de citronela não é indicado para consumo. No entanto, é muito eficaz para a saúde das plantas. Por isso, a infusão da citronela é indicada para ser borrifada nas folhas de espécies afetadas por fungos pode impedir a propagação da doença, protegendo novas brotações. Basta aplicar uma vez ao mês para garantir resultados positivos.
Replantio e cuidados essenciais
Tanto a cidreira, o capim-limão, quanto a citronela se reproduzem com facilidade. O processo é simples: retire as canas da base da planta, corte as folhas mais velhas e plante as hastes em vasos com substrato adequado. Em poucos meses, as mudas estarão prontas para o transplante em áreas maiores do jardim.
Aliás, a três plantas aromática citadas, assim como a maioria das gramíneas, precisam de bastante sol para crescerem fortes e saudáveis. Se você notar que as touceiras estão ficando muito densas, é recomendável podar uma parte das folhas para garantir que toda a planta receba luz suficiente e tenha boa circulação de ar.
Além disso, a adubação regular também é essencial, especialmente com compostos ricos em fósforo, que ajudam a evitar o amarelamento das folhas e mantêm o verde vibrante. “Essas plantas, por serem rústicas, não exigem muita manutenção, mas o uso de adubos ricos em fósforo é essencial para garantir a saúde das folhas,” comenta o especialista.
A autora Mel Maria, é dona de floricultura, apaixonada por plantas e jardinagem, que dedica sua vida ao estudo e cultivo de uma variedade de espécies botânicas. Sua paixão pela natureza a levou a se tornar autora do site e uma jardinista experiente, cujo conhecimento é compartilhado com os leitores.