A Puya alpestris, conhecida como “Torre de Safira”, é uma bromélia nativa das regiões montanhosas do Chile e Argentina.
Sua impressionante inflorescência azul-turquesa e folhas verde-acinzentadas a tornam uma adição exótica e atraente para jardins brasileiros.
Características e Origem
Pertencente à família Bromeliaceae, a Puya alpestris forma rosetas de folhas longas e estreitas, com margens dentadas. Durante a floração, que ocorre geralmente no verão, a planta exibe hastes que podem atingir até 1,5 metro de altura, adornadas por flores de um azul-turquesa metálico, contrastando com estames alaranjados vibrantes.
Curioso, que suas flores não apenas encantam pela beleza, mas também atraem beija-flores, contribuindo para a biodiversidade local.
Cultivo no Brasil
Embora originária de climas frios e úmidos, a Puya alpestris pode ser cultivada com sucesso em diversas regiões do Brasil, desde que algumas condições sejam respeitadas. Ela prefere locais com boa drenagem e exposição ao sol pleno ou meia-sombra.
O solo ideal deve ser bem drenado e rico em matéria orgânica. Uma mistura de terra vegetal, areia grossa e composto orgânico é recomendada para proporcionar os nutrientes necessários e evitar o acúmulo de água nas raízes.
Cuidados Essenciais
A rega deve ser moderada, permitindo que o solo seque levemente entre as irrigações para prevenir o apodrecimento das raízes. A Puya alpestris é resistente a períodos de seca, mas não tolera encharcamento.
Em relação à temperatura, a planta adapta-se bem a climas temperados, suportando temperaturas entre 10°C e 20°C durante o dia e entre 5°C e 10°C à noite. No entanto, deve-se evitar exposições a geadas intensas.
Propagação e Manutenção
A propagação da Puya alpestris pode ser realizada por sementes ou divisão de touceiras. Ao semear, recomenda-se o uso de ácido giberélico (GA3) por 3 a 4 dias antes do plantio para estimular a germinação. As sementes devem ser plantadas em substrato bem drenado e mantidas úmidas até a emergência das plântulas, que pode ocorrer entre 3 a 8 semanas.
É importante manusear as raízes com cuidado durante o transplante, pois a planta não tolera bem o estresse radicular. A poda consiste na remoção de folhas secas ou danificadas e das hastes florais após a floração, incentivando o desenvolvimento saudável da planta.
A autora Mel Maria, é dona de floricultura, apaixonada por plantas e jardinagem, que dedica sua vida ao estudo e cultivo de uma variedade de espécies botânicas. Sua paixão pela natureza a levou a se tornar autora do site e uma jardinista experiente, cujo conhecimento é compartilhado com os leitores.