Como garantir um capim humidícola mais verde e produtivo

Estratégias de manejo e adubação para transformar sua pastagem em uma área de alta produtividade

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O capim humidícola, popularmente conhecido como capim quicuio, é uma das opções mais utilizadas para pastagens no Brasil devido à sua resistência e adaptabilidade. Porém, alcançar o máximo potencial dessa planta exige manejo adequado e uma adubação criteriosa. Aliás, com práticas simples, você pode transformar essa gramínea em um pasto vigoroso e cheio de folhas, ideal para uma produção pecuária eficiente.

Solo fértil: o alicerce para um pasto vigoroso

Para que o capim humidícola expresse todo o seu potencial, é indispensável investir na fertilidade do solo. De acordo com o zootecnista Edmar Peluso, especialista em pastagens, um dos primeiros passos é ajustar o pH do solo e garantir a disponibilidade de nutrientes essenciais, como cálcio, magnésio e potássio.

Além disso, ele recomenda o uso moderado de ureia ou sulfato de amônio, aplicando entre 25 a 30 kg de nitrogênio por hectare. “Esse cuidado evita desperdícios e assegura uma recuperação rápida do capim após o pastejo”, explica Peluso.

O papel do manejo na produtividade

Entretanto, não basta adubar corretamente. O manejo do pasto é igualmente importante para manter o capim humidícola produtivo. Segundo Peluso, a chamada “fase atleta” do pasto — quando a gramínea está folhosa e na altura ideal — é o momento que oferece os melhores resultados. Se o pasto for rebaixado demais, as raízes ficam comprometidas, dificultando a recuperação.

Por outro lado, quando cresce em excesso, acumula talos duros, reduzindo sua palatabilidade e a proporção de folhas. A estratégia, segundo o especialista, é manter um equilíbrio entre o pastejo e o descanso da área, garantindo que o capim tenha sempre condições de se regenerar e oferecer forragem de alta qualidade.

Benefícios para o gado e a produtividade

O capim humidícola manejado corretamente oferece mais do que apenas uma pastagem bonita. Sua recuperação rápida após o pastejo gera uma área altamente nutritiva, favorecendo o ganho de peso do rebanho e permitindo uma maior lotação por hectare. Aliás, essa eficiência é a chave para o aumento da produção de arrobas, uma métrica essencial para pecuaristas que buscam resultados competitivos.

Conforme destaca o engenheiro agrônomo Marcelo Freitas, “o manejo adequado do capim humidícola não apenas otimiza o uso da terra, mas também contribui para um sistema mais sustentável, com menor necessidade de expansão de áreas de pasto”.

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